Cirurgia ortognática é um procedimento cirúrgico que visa restabelecer um padrão facial mais harmônico em pacientes adultos que apresentam alterações no desenvolvimento ósseo facial. O tratamento com a cirurgia ortognática é um procedimento que engloba, na maioria das vezes, a associação do tratamento ortodôntico com o cirúrgico para propiciar melhorias estéticas e funcionais na face e na oclusão dos pacientes.

A cirurgia ortognática está indicada para pacientes com desarmonias esqueléticas e dentárias, cuja solução não pode ser propiciada apenas pelo tratamento ortodôntico convencional – pois há um excesso ou falta de crescimento das bases ósseas da face.

Preciso de cirurgia ortognática?

A cirurgia é indicada para pacientes com retrognatismo ou prognatismo mandibular, que consistem, respectivamente, na retrusão ou protrusão da mandíbula. Outros pacientes podem apresentar também problemas de crescimento na maxila ou até associados na maxila e mandíbula, gerando a assimetria facial.

Toda pessoa que possui uma desarmonia esquelética facial apresenta um mau relacionamento dos dentes, pois, nesses casos, os dentes adquirem uma posição que camufla, parcialmente, o problema ósseo.

Por exemplo, uma pessoa que tenha a mandíbula 1 cm maior que o normal, normalmente tem os dentes inferiores inclinados em direção à língua a ponto de a distância entre os dentes superiores e inferiores ficarem bem menores do que seriam – caso os dentes estivessem bem posicionados.

Esse posicionamento errado dos dentes acaba mascarando o problema esquelético e seus impactos na mastigação e na estética da face.

É preciso tratamento ortodôntico antes da cirurgia ortognática? Por quanto tempo?

O tratamento convencional desse tipo de situação implica em um tratamento ortodôntico prévio a cirurgia ortognática. A duração do tratamento ortodôntico prévio à cirurgia é de cerca de 1 ano, e durante esse período os dentes tem sua posição corrigida de acordo com a base óssea correspondente (maxila e mandíbula), para viabilizar a realização da cirurgia ortognática. Após o procedimento cirúrgico, o tratamento ortodôntico continua por um período para a fase de finalização.

O tratamento ortodôntico que visa o preparo para a cirurgia ortognática acaba piorando momentaneamente a estética facial porque a ortodontia, antes da cirurgia, desfaz a camuflagem dentária que existia ao movimentar os dentes de forma a ficarem na posição correta de acordo com a base óssea correspondente. O que torna a desarmonia esquelética mais evidente.

Desarmonia essa que será corrigida através da cirurgia ortognática, promovendo assim uma face mais harmônica com devolução da função mastigatória eficiente.

Objetivos do tratamento orto-cirúrgico

  • Obtenção de face harmônica;
  • Oclusão funcional;
  • Saúde das estruturas orofaciais;
  • Estabilidade do tratamento a longo prazo.

Sorriso Gengival

Sorriso gengival

A aparência do sorriso é muito importante para a maioria da pessoas, afinal, todos querem ter um sorriso harmônico. Um fator decisivo para isso é a quantidade de gengiva aparente, que quando é excessiva caracteriza o sorriso gengival. Essa característica pode incomodar algumas pessoas.

Um sorriso tido como belo é composto pela estética vermelha (gengiva) e a branca (dente) na quantidade certa.

O sorriso gengival é caracterizado pela exposição exagerada de gengiva.

Embora cada pessoa tenha suas peculiaridades e medidas, os classificados “sorrisos atraentes” têm dois milímetros ou menos de tecido gengival exposto. Ultrapassando 3 milímetros ou mais, já pode ser considerado sorriso gengival.

Este aspecto pode ser uma combinação de:

  • Exposição do tecido gengival;
  • Tamanho e forma dos dentes;
  • Comprimento e grau de movimento do lábio superior;
  • Posição vertical do maxilar superior e dentes em relação ao crânio.

Do outro lado, quando há retração de gengiva, levando a pouca cobertura dos dentes, a estética bucal também é prejudicada. Ou seja, como tudo na vida, o que importa é o equilíbrio.

Causas do sorriso gengival

O sorriso gengival é mais comum em mulheres e pode ser causado por diversos fatores, como:

  • Hipertrofia gengival;
  • Lábios pequenos;
  • Excesso maxilar;
  • Hiperatividade dos músculos elevadores do lábio superior;
  • Coroas dos dentes curtas.

As cirurgias para corrigir o sorriso gengival apresentam resultado definitivo, contudo sua indicação não é generalizada.

Cirurgia periodontal (Gengivoplastia)

Corrige a gengiva pela retirada do excesso de tecido e reconstrução do contorno ao redor dos dentes.

Cirurgia ortognática

Move o maxilar de forma que melhore a estética do sorriso e ainda proporcione uma mordida correta.

Cirurgia de reposicionamento labial

Remove uma faixa extensa da mucosa acima das gengivas, encurtando-a e aproximando a mucosa que reveste a parte interna dos lábios das gengivas. 

Diante do exposto, o mais importante é realizar o correto diagnóstico da real causa do sorriso gengival e a partir disso poder traçar a melhor conduta de tratamento.

Classe II

cirurgia ortognática Classe 2

Micrognatismo ou Retrognatismo Ã© o que caracteriza a discrepância facial  classificada como Classe II. Neste caso, a mandíbula (parte inferior) é pequena ou pouco desenvolvida, tornando-se menor que a maxila (parte superior) e ficando em uma posição posterior a ela. Esse posicionamento dá a aparência de “queixo pequeno” ou “queixo para trás”. Tanto pode ter havido um pequeno crescimento horizontal da mandíbula (sentido ântero-posterior), quanto um grande crescimento da maxila no mesmo sentido.

Além dessa percepção de “queixo pequeno” ou “queixo pouco projetado”, ainda há a evidência de algumas características faciais, tais como:

  • Ângulo cervical mais aberto;
  • Sulco mentolabial mais profundo;
  • Lábio superior mais projetado.

Um quadro que acaba sendo muito comum em grande parte dos pacientes com o perfil facial classe II é uma dificuldade respiratória em virtude do posicionamento mais posterior da mandíbula e consequentemente uma diminuição das vias aéreas superiores.

Além disso, é muito recorrente queixas na região da articulação temporomandibular, devido ao mau posicionamento dos osso maxilares.

Dessa forma a resolução completa das queixas estéticas e funcionais acabam sendo proporcionadas através da cirurgia ortognática.

Classe III

Cirurgia ortognática classe 3

A deformidade dentofacial associada a má-oclusão classe III ocorre em 2,5% da população, sendo que 40% desses casos são severos o suficiente para necessitar intervenção cirúrgica coadjuvante. Esta deformidade pode ser causada por excesso de crescimento mandibular (prognatismo mandibular) falta de crescimento maxilar (hipoplasia maxilar) ou a associação destas duas condições.

A percepção do queixo mais proeminente acaba sendo mais evidenciado esteticamente, e consequentemente acaba sendo a característica estética que mais salta aos olhos.

Entretanto há outras características típicas do perfil facial classe III, tais como:

  • Lábio superior com pouco suporte e consequentemente menos projetado;
  • Lábio inferior mais projetado;
  • Sulco nasolabial mais profundo, mais marcado (bigode chinês);
  • Mandíbula mais alongada;
  • A ponta nasal geralmente costuma ser ligeiramente apontada para baixo.

Diante de todas essas queixas estéticas, além das queixas funcionais causadas pela má oclusão, mordida errada, a cirurgia ortognática é tida como padrão ouro para completa resolução e principalmente estabilidade a médio e longo prazo.

Assimetria Facial

assimetria facial

Conhecida como um desequilíbrio entre as estruturas esqueléticas da face, a assimetria facial é uma característica humana comum, pois é rara a condição perfeita de simetria. Entretanto, ela se torna relevante quando existe uma desarmonia perceptível e que incomoda o próprio paciente.

Geralmente essas características se tornam mais evidentes através:

  • Mento (queixo) torto;
  • Linha média dentária não coincidente com a linha média facial;
  • Um lado da face mais preenchido que o outro.

Identificado o problema, seja a etiologia genética, patológica ou traumática, deve-se buscar o tratamento, informar sobre limitações, mas, com foco na saúde e na estética.

O diagnóstico é baseado em exame clínico e de imagem que pretendem avaliar a magnitude da assimetria, bem como diferenciar problemas de ordem dentária ou esquelética, assim como diagnosticar a real causa do problema.

As formas de tratamento são baseadas na idade do paciente, a área afetada e a etiologia (causa). A correção da assimetria facial pode envolver uma combinação de tratamentos dentários, tecido esquelético e mole (músculos e pele).

Mentoplastia

Como saber se você precisa de uma mentoplastia (cirurgia da ponta do queixo)?

A decisão de operar ou não a ponta do queixo em conjunto com a cirurgia ortognática geralmente é tomada ao longo do planejamento. 

Além disso não é incomum pacientes que apresentam um boa função mastigatória, dentes em perfeita oclusão, necessitarem de mentoplastia, seja  para avanço, para ganhar mais projeção nessa área, para correção de assimetrias ou para um maior ganho da região do ângulo da mandíbula, conferindo assim um contorno mandibular mais marcado.

O que é notório: pequenos movimentos no mento podem ser capazes de proporcionar a completa harmonia e simetria facial que o paciente tanto busca.

Depoimentos de quem fez cirurgia ortognática e mudou de vida

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O primeiro passo para a realização de uma cirurgia ortognática é a avaliação de um cirurgião ortognático. Nós da Maxillo Group estamos localizados em diversos locais no Rio de Janeiro. Então não perca mais tempo, agende agora mesmo uma consulta e fale com um de nossos especialistas.